Falar de Paris é algo quase mágico pra mim, converso com a mesma fluidez de quem bate papo com um amigo de infância, sabe? O meu amor por esse lugar é tão grande que, como contei aqui no meu primeiro post da trip, passarei a vida toda descobrindo e desbravando seus segredos. Sabe aquela tal aura parisiense das aquarelas e filmes que admiramos? Pois bem, ela existe. E é de arrebatar o coração dos sonhadores. Definitivamente!
Neste post compartilharei 5 lugares que amo em Paris, para ajudar a planejar a sua viagem! Não sou muito fã de roteiros prontos e mastigados que encontramos em muitos blogs como “o que fazer em Paris por 3 dias”. Primeiro porque sou adepta do slow travel e não acredito que é correndo e se preocupando em conhecer o máximo de lugares possíveis que conhecemos verdadeiramente esses lugares. Aos meus olhos saboreá-los com calma nos proporciona experiências e lembranças ainda mais inesquecíveis! E segundo, porque acredito que cada pessoa tem um gosto e um estilo, e dificilmente o que faz muito sentido pra mim é exatamente o que fará para todos que lerem o meu roteiro. Apesar de compartilharmos muitas afinidades, pinçar dicas e montar o nosso próprio roteiro pode fazer ainda mais sentido! Por isso compartilharei todas as minhas descobertas e dicas de lugares que me tocam de forma especial, para serem saboreadas no seu tempo em Parriiii. Como resolvi partilhar a viagem em ordem cronológica, também será assim que escreverei sobre os 5 lugares que amamos e revisitaremos ao longo de toda vida!
1. Torre Eiffel
“Nossa Amanda como você é previsível, isso é mais que óbvio”. Pois é, só que mesmo sabendo que a Torre é um dos monumentos mais visitados do mundo seria impossível não citá-la neste post. A Torre é literalmente um dos lugares que mais amo em Paris; e sim ela é MARAVILHOSA; e sim ela é monumental; e sim é impossível deixar de admirá-la. E sim, ela está sempre lotada (rs). É justamente por isso que aconselho que você a conheça em diferentes horários do dia e de diversos ângulos, pois ela será bela de todas as formas, não necessariamente apenas do Champ de Mars, entende? Amamos: fazer pic nic por ali, de preferência no parque ao lado onde tem sombra e alguns bancos para sentar, contemplá-la a noite (atravessando meia-noite claro!) para vê-la iluminada e brilhando lindamente, admirá-la do Trocadero, enquanto andamos pelas ruas centrais ou ao longo do Sena. Não faça do seu contato com a Torre apenas uma meta de foto e pronto, contemple-a sem moderação.
A propósito, nunca subimos na Torre. Por ver sempre longas filas temos um pouco de preguiça de encarar e ainda não foi nosso prioridade vivenciar essa experiência de ver Paris sem a Torre (você já parou para pensar que a vista da Torre não tem a Torre? xO A obcecada! hahaha). Mas na próxima ida experimentaremos!
Nós, felizes e “flanantes”. Vista da ponte que fica em frente ao Palais de Tokyo (Passarelle Debilly)
Vista panorâmica de Paris, do terraço da Galeria Lafayette! Essa dica é das boas e a paisagem é de tirar o fôlego. Anota aí. <3
Vista da Torre e de Paris, da Sacre Coeur. Porém das grades, lá do cantinho da rua! Você encontrará esse ângulo ou uma pequena aglomeração de pessoas. (rs) 😉
2. Jardin de Tuileries
Este é o meu segundo lugar mais amado em Paris, simplesmente porque possui uma energia deliciosa de paz. E mesmo se ele estiver cheio, como nas temporadas de verão, ainda assim você encontrará o seu espacinho entre as charmosas cadeirinhas verdes. É o nosso recanto preferido para descansar depois de muito “flanar” pela cidade e até para um cochilo. Dormimos muitas vezes ali (tranquilamente, yes isso existe!) e recuperamos as nossas energias para continuar o dia de passeio! Fica em frente ao Louvre, então é uma boa pedida para o dia que você fizer esse rolê. Lá você encontrará tendinha de sorvete Amorino (aquele em formato de flor e delicioso!), água para encher sua garrafinha, alguns quiosques de restaurantes (particularmente nunca comemos neles, sempre temos algo na bolsa quando vamos a parques!), um carrosel liiindo para suas fotos ou para levar as crianças e um jardim belíssimo que dispensa qualquer apresentação. E se for verão, um parque de diversões lúdico e na minha opinião, LINDO! Para saber mais sobre ele, tem um post super completo aqui no Conexão Paris, ó!
Desta vez passei algumas tardes no jardim aquarelando! Confesso que fazia parte da minha lista de pequenas grandes felicidades e foi mais um sonho que ganhou o seu “check”. Essas aquarelas farão parte de uma série especial que lançarei em setembro!
Eu em uma tarde sublime de aquarela no Jardin de Tuileries, lugar que tanto amo.
E voilà! Em breve lançarei a série de Ilustrações e Produtos de Paris lá no site, preparem o coração.
O lindo e charmoso Carrousel do jardim!
3. Museu D’Orsay
Se você acompanhou a trip pelo instagram deve saber que somos viciados em museus! Em todas as nossas viagens pesquisamos boas dicas e sempre descobrimos outros pequenos e pitorescos que roubam nosso coração! Paris é o berço da arte e seria impossível para mim, mera mortal, discursar sobre os museus e suas importâncias artísticas. Mas dizer qual é o nosso preferido pode né? (rs) O D’Orsay! Primeiro porque ele é lindo em sua estrutura arquitetônica – é daqueles lugares que já nos faz perder o fôlego logo ao entrarmos! Especialmente por seu famoso relógio no átrio principal e também pela sua imponente estrutura de ferro que de algum modo nos faz lembrar a beleza da Torre. E segundo, obviamente, pelo seu acervo. Foi bem ali que vi pela primeira vez obras de artistas que reverencio, como: Monet, Modigliani, Van Gogh, Lautrec, Cézanne, Degas, Renoir, Rodin. Entre outros GIGANTES. “Noite estrelada sobre o Rio Ródano”, de Vah Gogh, por exemplo, está lá, bem diante de nossos olhos! Enfim, é emocionante e sem frisson algum. Um museu acolhedor, que apesar de muito visitado, nos convida a passear por todas as suas obras e fases artísticas de uma forma inspiradora.
Como passamos boas horas ali, escolhemos um turno do dia para tomar café ou almoçar enquanto fazemos a pausa para recarregar as pernas! Desta vez, almoçamos no lindo Café Campana (com projeto de ID idealizado pelos brasileiros, irmãos Campana! Nem preciso dizer o quanto é incrível né?).
D’Orsay, sempre lindo e seu famoso relógio no átrio principal.
Sobre a emoção de contemplar Monet.
Uma de suas alas, o Salão de Festas. Uma foto nunca poderá traduzir a sua beleza!
4. Deyrolle (Rue du Bac, 46 – 7eme arrondissement)
Esse lugar interessantíssimo – que parece quase não haver palavras para descrevê-lo – foi uma descoberta recente! Já tinha lido a respeito mas na nossa primeira ida à Paris acabamos não conhecendo. Desta vez, como passamos mais tempo e os dias foram bem tranquilos, recebi algumas dicas no instagram que consegui colocar em prática. Eis que uma seguidora me escreve compartilhando essa dica, relembrando a curiosidade antiga e voilà: vamos eu e Thales visitar essa loja chamada Deyrolle. Deus, como descrever esse lugar? Vou tentar. Como ela própria se descreve, estamos diante de um “Cabinet de Curiosités”, um verdadeiro museu-loja de História Natural! Um acervo enorme e surpreendente de animais empalhados (pasmem: leão, urso polar, zebra, girafa, hiena, cobras, aves exóticas entre muitos outros), os animais não domésticos são provenientes de zoológicos, parques ou fazendas e todos morreram de velhice ou doença (exceto com raras exceções, o que eles deixam claro!). Além dos animais de grande e médio porte, você chegará na parte mais deslumbrante ao meu ver: o acervo entomológico de insetos e borboletas. Você verá milhares de espécies de todo canto do mundo, deste mini borboletas brilhantes até insetos gigantes e bizarros (todos livres do risco de extinção). Se for amante de botânica e jardinagem, assim como eu, vai delirar com o acervo de livros, pôsteres, papelaria e acessórios de jardinistas. Todos eles no mais clássico e cobiçado estilo vintage! Juro que passei um aperto com vontade de comprar muitas coisas (sempre tento me policiar nesses surtos de “eu quero” hahaha).
O Deyrolle foi fundada em 1831 e se tornou um centro de estudos importantíssimo que alimenta pesquisas de alunos e profissionais do mundo todo. Sua história é fascinante, comprei o livro que conta toda sua trajetória, fundadores e missão. Comecei a ler no mesmo dia que fomos a loja pois saí de lá completamente encantada, confesso! Lá dentro é proibido tirar fotos (viva!), caso contrário acho que muita gente faria dali uma festa enquanto na verdade é um lugar elegantíssimo para uma visita concentrada e silenciosa. Rolê IMPERDÍVEL para amantes de botânica, biólogos, pesquisadores de história natural, quem tem a quedinha para lugares vintage ou simplesmente curiosos assim como nós (ou tudo isso junto!). Dá uma olhadinha no site e já terá uma prévia do que irá encontrar!
A fachada da incrível Deyrolle! Não se enganem, ela possui dois andares e é enorme por dentro.
Fiz essa foto da vitrine, apenas uma petite prévia do que verá ao entrar!
5. O bairro Montmartre
Este é o bairro amor da minha lista e merece não só um tópico só para ele como um post só para ele. Quando fomos à Paris, em 2015, eu escrevi um post sobre essa região (ele já é vintage, mas as dicas são boas! rs). Montmartre é o único bairro “não plano” de Paris, por isso sua estética é bem diferente das outras regiões, o que ao meu ver o deixa ainda mais charmoso. É ali que você encontrará aquelas escadarias charmosas, as diversas ruelas com prédios bem altos se “esbarrando” harmoniosamente, pequenos parques escondidos em algumas ruas (é uma delícia encontrá-los!), muitos pequenos restaurantes com suas mesinhas na calçada te convidando à uma taça de vinho (morro de amores!), muitas das cenas do filme Amélie Poulain (lóógicoooo! Afinal somos todas Amélie), a Sacre Coeur, a praça dos artistas que desenham realismos (Place du Tertre) e muitas lojas de souvenirs de Paris. Encontrará também pequenos museus, como o Museu Montmartre e Museu Dali (já visitamos ambos e AMAMOS!). O Moulin Rouge, que fica no pé de Montmartre, já na zona de Pigalle, mas você verá de alguma forma logo que descer do metrô. Além de pequenas galerias, ateliers, lojas autorais e surpresas pelo caminho como lugares que já fizeram parte da vida de grandes artistas em suas produtivas fases artísticas (como o Bateau Lavoir, Moulin de la Galette e Lapin Agille).
Enfim, Montmarte é um bairro essencialmente boêmio e descolado, e ainda carrega essa aura inspiradora e confesso, inesquecível. Foi ali que passamos os últimos 8 dias na nossa viagem que logo contarei! <3
Uma das muitas escadarias que você encontrará pelo caminho!
A caminho da Sacre Coeur, esse ângulo que amo! <3
A vendinha de frutas do Sr. Colignon do filme Amélie! Porque é impossível estar em Montmarte e não nos sentirmos Amélie a todo momento.
Falar de Paris tem um quê de mágico pra mim, então não me demoro e dentro de poucos dias já volto com o novo post! Acompanhe de pertinho pois terei um Sr. Diário de Bordo para compartilhar! Aliás, um Monsieur Diário de Bordo.
Bisous bisous e à bientôt,
Amanda.
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Desejo pra nós viagens incríveis e inesquecíveis por toda a vida!
Com amor,
Amanda.