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Trip pelo Uruguai – #2 Punta del Este

por | ago 28, 2016

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Nossa segunda parada depois de Montevidéu foi a famosa Punta del Este! Esse post será muito especial pois Punta se revelou um lugar mais encantador do que esperávamos e muito, mas muuuito aconchegante no inverno (visitamos no início de agosto!).

Punta está à 130 km da capital Montevidéu e fomos até lá de ônibus, com a companhia de transporte COT. A viagem foi super tranquila, as saídas são de hora em hora (hiper pontuais!) e há mais de uma opção de companhia fazendo esse trajeto. Lemos boas recomendações da COT, gostamos muito e por isso também indicamos!

Nos hospedamos no Hotel Aqua, localizado na Calle 20 (Rua 20) pertinho da rodoviária e da famosa escultura La Mano, na Playa Brava. Gostamos da localização e do preço. Mas nem tanto das acomodações e do café da manhã! O hotel estava em obra, como tudo por lá no inverno, e por isso os serviços ficaram um pouco comprometidos. Então recomendamos com ressalvas!

Descobrimos que Punta é literalmente uma ponta do estado de Maldonado, fundado em 1907. E descobrimos também que esse lugar badaladíssimo no verão guarda uma aura incrivelmente encantadora no inverno: uma cidade calma, com ruas vazias, poucos turistas e um astral que insiste em nos desacelerar. Ou seja, tudo o que amamos. Se você também é adepto do slow travel, passar alguns dias de friozinho em Punta é uma ótima dica. Ficamos por lá durante 5 dias.

Prepare-se para contemplar um pôr do sol espetacular, todos os finais de tarde. Foi assim que fomos recebidos, logo no primeiro dia.

Pôr do sol, das passarelas da Playa Mansa

Confesso que fomos para Punta com um certo preconceito, imaginando um lugar glamuroso e badalado demais, mesmo no inverno. Além disso, lemos em vários blogs sobre recomendações de alugar um carro para passear pela cidade, como se a cidade só pudesse ser desbravada desta forma. Isso também nos deixou um pouco receosos porque não somos da vibe de ficar andando de carro pra lá e pra cá em nossas viagens. Gostamos mesmo é de flanar e flanar, e conhecer o melhor da cidade a pé. Entããooo chegando lá, quebramos vários “tabus” nessa parada da trip e vivemos experiências inesquecíveis. E agora, com muita alegria, vou compartilhar com todos eles com você! 

> Punta del Este, a pé, existe sim. E ela garante uma experiência contemplativa e agradável. As ruas são largas, bonitas e muito seguras. É o tipo do lugar que devemos aproveitar a pé, passeando pela orla, contemplando as praias e as vistas estonteantes. Andando pelos bairros residenciais, admirando as lindas casas sem muros e com plaquinhas na frente com seus nomes.

> Caminhar pela orla, contemplando e conhecendo várias praias. Andávamos a pé pela orla tranquilamente e sempre que avistávamos uma escadinha, descíamos até as pedras para chegar mais perto do mar. Cada praia tem uma paisagem diferente, mas as pedras marcam presença nessa “estética” da costa Uruguaia. E poder andar por elas, sentar e admirar o mar é um presente dos céus. A pé conhecemos várias praias, o porto, as estátuas de Sereias (já quase totalmente degradadas pelo mar), a escultura “Los Dedos”, a Igreja Candelaria e o farol. Caminhávamos durante todas as manhãs pela cidade até a pausa para almoço!

 

flanando e flanando

 

passarela e coreto, no Porto

 

pedras e mais pedras, me encantam!

 

escultura Los Dedos, Playa Brava

 

 

 

Igreja Candelária, em Puesta del Sol

 

pelo caminho, “Sparrow Feelings”

 

os diferentes cenários das praias

 

> Conhecer a incrível Casa Pueblo. Aí sim você precisará de um carro, a pé realmente não rolará pois fica bem distante da região central de Punta, em Punta Ballena. Contratamos um passeio guiado em uma van, que também apresentava toda a cidade. Foi lindo, pois conhecemos sobre os bairros, bosques, museus, pontos turísticos e curiosidades! E então, voilá: chegamos à Casa Pueblo. Uma experiência singular e emocionante. Foi por anos a casa do artista Vilaró e é de tirar o fôlego só por sua arquitetura, já do lado de fora. Com uma estética “livre” e original, foi desenhada e construída pelo próprio artista, inspirada nas casas da costa mediterrânea de Santorini. Vilaró foi um artista expressivo e inesquecível e você poderá conhecer sua história logo no início da visita ao museu, em um documentário que descreve sua trajetória. Conhecer a Casa Pueblo é nos deparar com algo literalmente único, de uma riqueza artística impagável! Além do museu, lojinha com suas reproduções, há também um charmoso café, o Las Terrazas. O “grand finale” dessa visita é aguardar o pôr do sol, que pode ser admirado de uma das varandas da casa, ao som de uma poesia recitada pelo próprio Vilaró. Se você tem o coração leve e sensível, prepare-se para se emocionar. Este passeio começou às 15h e retornamos às 18:30h, pagamos 25 dólares por pessoa + o ticket de entrada do museu. (Saiba mais sobre o museu)

vista de uma das varandas do museu

 

 

 

 

> Fazer uma parada para contemplar a vista de Punta Ballena, bem no “pezinho” Casa Pueblo. Basta descer até o final das estrada e estacionar bem nessa “pontinha”, saltar do carro e admirar a imensidão do Rio da Prata, em uma paisagem indescritível.

nenhuma foto é capaz de retratar o que os olhos podem ver!

 

 

> Sobre cassinos. Como não é muito a nossa vibe, não conhecemos o glamuroso Conrad, passamos apenas na frente. Mas se você curte este “gramour” vá em frente porque lá é realmente lindo e grandioso. Entretanto, em uma tarde de chuvinha resolvemos nos aventurar no cassino mais antigo de Punta, que era pertinho do nosso hotel, o Nogaró. Econômica e organizada que sou já fui definindo o valor máximo que perderíamos. (haha) Jogamos apenas nas máquinas em pesos uruguaios, óbvio, não somos loucos (Pois você também pode apostar em dólar!). E não entendemos nada sobre a sistemática dos jogos, ou somos muito burros ou não sacamos nada de Cassinos mesmo. Foi bem divertido, confesso! Jogamos várias vezes em várias máquinas sem entender nada mesmo. Cada um “investiu” incríveis 100 pesos (12 mangos) e claro, perdemos tudo. Mas saímos de cabeça erguida. :B

> Sobre rangos. Em Punta comemos super bem em alguns lugares, com preço razoável e comida das boas. Então aqui vou dar 3 indicações, sem medo de errar:

1. Los Caracoles . Calle 28 Los Meros y 20 El Remanso. Lá comemos mais de um dia porque simplesmente adoramos a comida! Comi massa e pollo (frango) ao molho de champignon e foram duas maravilhosas escolhas a um bom preço! Tem selinho do Trip Advisor e é de verdade um ótimo restaurante.

2. El Virazon. Rambla Portuaria esq. calle 18 – Puerto. Entramos porque achamos a varanda muito charmosa com uma vista linda do porto de Punta! E obviamente porque demos aquela olhada certeira no cardápio da porta e vimos opções acessíveis ($$$). Compramos um menu “combo”com prato, sobremesa e cafezinho que estava em oferta no dia, delicinha. A experiência foi completa especialmente pela mesa ao ar livre e pela vista!

3. Café/Sorveteria Pecas. Av. Gorlero. Fomos neste café várias vezes de tanto que curtimos! Tudo por lá é bem gostoso e a especialidade são as tortas geladas e sorvetes. Mas nós lanchávamos mesmo era cafezinho e medialunas (aliás estou fazendo dieta de tantas medialunas que comi durante essa viagem! haha). Perfeito para um café da manhã ou lanche da tarde.

> Sobre o que não fomos mas indicamos: o Museu Ralli. Gostaríamos muito de ter visitado este museu, mas infelizmente ele permanece fechado durante alguns meses do ano e reabre apenas em outubro. Sua história é muito interessante pois é um museu privado, de um colecionador de arte, que tem entre o seu acervo obras de Dalí, Botero, Volti entre outros grandes nomes. Harry Recanati, o fundador, criou 5 museus pelo mundo com toda a sua coleção e o primeiro deles foi o de Punta del Este, inaugurado em 1988. (site do museu)

> Sobre pegar taxi em Punta. Em alguns dias precisamos de transporte para ir até determinados locais e por isso pegamos táxis. Como somos usuários de Uber, já ficamos com aquele medo de doer no bolso no final da corrida. Mas que nada. Punta é realmente um ovinho de lugar, então as corridas não ficam tão caras e além disso os taxistas são amáveis. Então, se precisar tomar táxi, vá sem medo! Aqui vale falar também sobre um detalhe: se você deseja desbravar todas as praias e bairros de Punta (La Barra, Beverly Hills, Ponte Ondulada…) talvez alugar um carro seja interessante. A nossa experiência foi super feliz sem carro pois não fazíamos questão de conhecer todos estes bairros da cidade, então vale pesquisar antes e montar o seu perfil de trip! 😉

> Sobre visitar Punta no inverno e em baixa temporada. O que tenho a dizer? Que foi inesquecível. A cidade estava vazia, sem trânsito e especialmente calma. Mesmo com muitos hotéis e casas em reformas e restaurantes fechados, tudo que precisávamos estava funcionando (com exceção do museu Ralli!). A cidade inspirava tranquilidade, meditação e contemplação. Me senti em um filme romântico, daqueles que a mocinha vai para sua casa de praia, passeia sozinha pelas areias e pedras, contempla o mar e reflete profundamente sob ventinhos de inverno.♡

 

>> E agora uma dica de ouro que experimentamos e que abrilhantou a nossa passagem por Punta: decidimos conhecer mais duas cidades da costa Uruguaia, José Ignácio e Cabo Polonio.

Farol de José Ignácio

 

Cabo Polônio

 

Sim! Neste momento alugamos um carro, pois viajamos 120km até o nosso destino final, um sonho chamado Cabo Polonio. Nós desejávamos muito conhecer esse lugar e depois que a Bárbara viajou pra lá e nos contou como era incrível, não pensamos duas vezes em conhecer também. Só que não passamos uma noite como gostaríamos e como todos que já visitaram indicam. Essa experiência ficará para uma próxima viagem, mas pudemos conhecer de pertinho, durante um dia, um pedacinho dessa “terra do nunca” e de uma magia inexplicável. E então tivemos a certeza: sim, voltaremos.

pegando estrada rumo à Cabo Polônio

 

Sobre essa parte da trip, escrevi um post especial, vem ver!

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Com amor,
Amanda.

 

Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

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Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!