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#3 – Montmartre, nosso paraíso em Paris

por | set 19, 2015

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O post de hoje é para contar sobre o bairro que escolhemos nos hospedar em Paris e que roubou completamente nossos corações, Montmartre. Escrevi em meu primeiro post, que conhecer Paris era um dos meus sonhos de vida – na verdade acho que continua sendo pois todas as vezes que eu pisar naquele lugar serei tomada pela mesma sensação de felicidade. Então, para realizar este sonho (pela primeira vez!) escolhemos a dedo o lugar que alugaríamos o apartamento.

Por conta de Amelie Poulain, filme lindo de viver que você deve conhecer também, escolhi ficar em seu bairro no filme, para me sentir uma Amelie por uns tempos. Então, agora vou compartilhar nossas dicas e descobertas, que você já pode colocar na sua listinha de imperdíveis quando planejar a sua trip!

*Aqui falarei da “Amelie” como se você nossa velha amiga, uma antiga conhecida. Combinado? (haha)

> As ruas, escadarias e ruelas do bairro

Montmartre por si só é um charme. Por ser o bairro mais alto da cidade, foi contemplado com “morros” (de subida tranquila e super leves!), ruelas, ruas sem saída, escadarias e esquinas que fazem você se perder deliciosamente pela região. Então a primeira dica que eu daria é: ande, ande muito. Flane! Conheça cada pontinha do bairro, entre em ruas, entre em portões que levam a pequenos parques públicos, observe as flores nas janelas, contemple as construções antigas e lindas, sente em um café e veja a vida passar. Desfrutar da tranquilidade e lifestyle de Montmartre foi uma das coisas que mais gostamos na viagem.

ruas_1 ruas_2

> Basílica de Sacre Coeur

Essa eu sei que você jamais esqueceria, claro! Além de linda e imponente, a Sacre Coeur reúne atrações artísticas de rua, singulares. Foi ali, em suas escadarias que vi a apresentação mais linda de toda minha vida: a canção My way, sendo tocada em harpa. Chegue até a basílica por dentro do bairro e pelas escadarias, ao meu ver subir de “funiculaire” perde boa parte do charme. Depois, desça suas escadas, contemple seus jardins, bancos convidativos e o Carrosel.

Sacre_3 Sacre_2

> Museu Montmartre – 14, Rue Cortot

O museu Montmartre é uma pérola “escondida” pelo bairro e considero imperdível! Ele está entre os mais encantadores e especiais da minha lista de museus já visitados. Localizado em uma belíssima e antiga casa, abrigou diversos artistas durante seus períodos de produção artística, entre eles Renoir. Foi inspirado em um dos jardins desta casa (que você visitará e se encantará, tenho certeza!) que Renoir pintou a menina no balanço, “La Balançoire”. É um museu tranquilo e relativamente vazio, daquelas visitas gostosas para serem sentidas com o coração.

Museu_2 Museu_3

> Vendinha de frutas da Amelie – Au marche de la butte

Então, como disse lá em cima, considere Amelie nossa velha amiga. Sabe a vendinha de frutas que ela frequentava pelas manhãs? Ela existe e é uma graaaaça. Tem que ir. Apesar de não ser tão “típica” como no filme, vale a visita e vale até comprar framboesa pra enfiar nos dedos! (rs) Como Montmartre (aliás, Paris toda!) é levemente circular e faz você se perder feliz, a minha dica seria baixar o mapinha da cidade e marcar os pontos que você deseja visitar. Chegamos no Marche seguindo a bússola! 😉

Mont_4 Vendinha_2

> Café Deux Moulins – onde a Amelie trabalhava – 15, Rue Lepic

O café fica em um ponto bem movimentado de Montmartre, uma avenida que possivelmente você passará várias vezes – a famosa Rue Lepic. O motivo de ser tão requisitado é por ter sido locação do filme, onde a nossa querida Amelie trabalhava. Confesso que não nos apaixonamos tanto assim, talvez pelo mal atendimento e menu não tão interessante. Mas voilà! Valeu sentar  por algum tempo e pedir um café e um creme brulée, para experimentar a famosa sobremesa e quebrar sua casquinha.

* fotos péssimas – a tal da selfie a noite sabe? :B

> O cinema que Amelie frequentou – Studio 28 – 28, Rue Tholozé

O pequeno cinema que aparece em uma das cenas do filme, é mais uma pérola no meio de Montmartre. Além de ter sido locação de uma das cenas de Amelie, ele também foi palco da estréia de L’Âge d’Or, de Dalí e Buñuel, e teve sua tela atacada por ovos por militantes de extrema-direita! Além da sala de cinema, você visitará seu jardim de inverno e restaurante. Tem site e tudo, vem ver.

café-amelie creme-brule Studio-28

> O muro do amor – Place Jehan Rictus

Uma parada breve e agradável. O muro do amor, do eu te amo, do je t’aime e de toda forma de amor – fica na praça da estação de metrô Abesses, dentro de um pequeno jardim público. Poderia passar despercebido a muitos olhares apressados, pois fica levemente escondido. Mas agora você já anotou aí no seu caderninho de bordo e sabe que deve fazer uma pausa por lá. Vale sentar nos bancos e aguardar a sua vez para fazer a selfie. O parque é agradável, fresquinho e cheio de passarinhos cantando!

> Bateau Lavoir – 13, Place Émile-Goudeau

Um prédio que já foi morada e atelier de Picasso, Brancusi, Modigliani, entre outros artistas no início do século XX. Aprendi isso lendo os posts do Conexão Paris antes de viajar e então, como estaria em Montmartre não poderia deixar de fora! Você verá basicamente uma faixada restaurada onde há uma vitrine contando a história da casa. Essa é daquelas paradas legais de se fechar os olhos e imaginar “como seria ver Modigliani abrindo aquela porta e indo flanar pelas ruas de Montmartre”, ou talvez o que “Picasso estaria pintando neste final de tarde”. Estar em lugares com bagagens históricas assim é um exercício de imaginação – eu, a m o.

Muro-do-amor_2  Bateau

> Museu – Espaço Dali – 11, Rue Poulbot

Um museu todo dedicado a obra de Dalí – a mais inesperada possível, com um acervo singular que você só encontrará ali. Se você aprecia esse clássico do surrealismo tenho certeza que ficará orgulhoso de conhecer de perto obras que marcaram a trajetória, os estudos, a excentricidade e a história de Dalí. Visitando este museu, conheci um Dalí que eu ainda não conhecia. E isso, para mim, foi o mais especial. É um museu pequeno, tranquilo e sem selfies. Anota aí! 😉

> A famosa Place du Tertre 

Eis aqui a tal da praça que ninguém deixa de fora ao visitar Montmartre e a Sacre Coeur. Yep. Então você não vai deixar de fora também, vai? Depende. (haha) Este não está entre os pontos que mais nos apaixonamos em Montmartre, talvez porque somos apreciadores das sutilezas escondidas, da calma e silêncio e da contemplação. Maas, estando no bairro, frequentávamos a Place du Tertre quase diariamente. O que nos chamou atenção: os desenhistas orientais. God! Há algo de diferente na concepção cerebral destes pequenos e simpáticos homenzinhos. Você verá váários desenhistas, o mais do mesmo, que nem por isso deixa de ser belo. Mas “põe reparo” nos orientais, como eles desenvolveram técnicas impressionantes para se destacarem entre os muitos concorrentes que disputam sua atenção, ali na praça. Eles desenham muito, há algo de sublime em suas misteriosas técnicas. Fiquei realmente impressionada! (*foto!)

Dali_2 Place-Du-Tertre

Ao realizar o sonho lindo de conhecer Paris, não deixe. Mas não deixe meeeesmo de conhecer Montmartre. Se você também já sabe que vai amar este bairro, assim como eu sabia antes mesmo de conhecê-lo, vem ver a minha dica de hospedagem no apartamento que alugamos.

E lembre-se sempre da palavrinha mágica: FLANAR, sempre.

 

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Desejo pra nós viagens incríveis e inesquecíveis por toda a vida!
Com amor,
Amanda.

Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

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Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

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