Estou sempre com todos os canais abertos para aprender o que o a vida quer me ensinar. Desde meus 16, comecei a perceber que quanto mais intuitiva eu fosse e mais bruxinha (uhum, amo me assumir bruxa), dançar com a vida seria mais suave e proveitoso. Sei que é redundante dizer o bocado de aprendizado que essa fase de distanciamento e de tantas adaptações tem nos trazido, acho que você já deve ter uma lista por aí também né? Mas hoje quero partilhar um deles: o quanto sentar em uma banco de praça tem me ensinado.
Sabe quando a gente só quer sair um pouco de casa e olhar o céu sob uma nova perspectiva, porém sem riscos e sem colocar ninguém em risco também? Foi assim que comecei a sentir vontade de ir até uma pracinha que eu adoro aqui de Varginha e fica perto do meu bairro. A chamamos de Jardim do Sapo, nome pitoresco que lhe cai bem. Ir até lá também me parecia pitoresco, especialmente porque esse era um hábito que eu não cultivava antes de poder fazer tantas coisas.Eu quase sempre escolhia preencher o meu tempo com muitas atividades e as vez vezes belos ruídos escolhidos num cardápio que se renovava a cada dia. Não porque as opções fossem interessantíssimas, mas porque sempre parecia caber algo mais no meu tempo.
E de repente ir até uma praça para me sentar num banco e ler algumas páginas de um livro me parece o melhor dos programas, aliás, chega até mim como a única opção disponível desse cardápio de “coisas interessantes a fazer”. E é este ponto que desejo exaltar! Como eu nunca percebi essa opção antes? Garanto que ela também estava em alguma página daquele cardápio. Que bom que agora estou tendo a chance de perceber.
“A Amanda tá sempre falando de calma, de desacelerar, de silenciar, não muda de tema menina?” Não mudo, essa é a minha agenda principal (rs). É que estou sempre aprendendo com a presença, com a liberdade de não seguir um padrão, de assumir o quanto está em nossas mãos escolher o que fazer e como fazer – sem ser marionetes de um ritmo imposto por algo que nem enxergamos. Estou sempre querendo ser melhor nisso, desvendar o mistério do tempo que nos foi roubado pelo excesso de coisas e por um status quo que muitas vezes passa longe de abraçar a nossa essência. E por que afinal de contas? Por programação, adequação, likes, engajamento? Vamos sentar numa pracinha vai.
Olha quanta rebeldia. rs
Vá de máscara, cuidando para se manter consciente nessa fase de pandemia e ao sentar em um banco, se estiver sozinha, deixe o vento bater no rosto. A liberdade também está nas coisas mais simples dessa vida.
E a gente segue aprendendo. Com amor,
Amanda.