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Não abro mão de sonhar

por | dez 10, 2020

“”

Tô aqui buscando uma palavra que amarre o desfecho de um ano como 2020, refletindo e já ensaiando começar a minha lista de gratidões por essa jornada tão singular. E só me vem uma coisa na cabeça: a liberdade de poder sonhar, de nos permitir essa proeza.

Em algum momento falar sobre sonhar virou clichê. Em algum momento se dizer sonhadora pareceu um tanto quanto ingênuo as vezes até bobo. Em algum momento o sonhar foi relacionado a não fazer nada e só flertar com o impossível. Em algum momento esse verbo tão doce e poderoso ficou estereotipado como “mais uma frase motivacional vazia”. Neste momento, quando essa onda começou, eu acho que cochilei.

Tô aqui hoje porque sou uma sonhadora insistente e porque acredito que se nem sonhar pudermos mais, sei lá o que vai nos restar. Já me senti previsível, boba e até inadequada por ser defensora desse rolê. Mas cá entre nós: se não pudermos sonhar, poderemos o quê? Há muitos anos escrevo essa palavra nos papéis, em coisas, ilustrações, produtos, balanço essa bandeira bravamente. E ó, sei que você aí que está ouvindo também é dessa tribo tá? rs Então gente pitoresca que tanto amamos: é nos tempos difíceis que nós sonhadores mais encontramos terra fértil. É justamente no desafio que SONHAR em caixa alta faz tanto sentido. Um motor, um sopro, as vezes até uma ventania que nos empurra pra um caminho de significado.

SONHAR não aglomera, não maltrata, não cala o outro, não embrutece. As vezes o sonho começa pequeno e então envolve mais pessoas numa rede de apoio, e quando vê ele nem é mais só seu. Ele cresceu, ganhou asas. Ou as vezes ainda é um sonho secreto, que no aperto de um ano apocalíptico pensou “é agora ou nunca” – e foi, floresceu. Tem sonho que até começa despretensioso e a gente nem quer assumir que é sonho, e então percebemos que ele é necessário pro mundo e que ali habita nossa missão. Sonho é mapa, abraça & beija nossa intuição. E quanto mais sonhadores cultivamos por perto mais acreditamos que as nossas ideias fazem sentido. Um sonho é o melhor contágio que pode existir.

Nem que eu refletisse por 300 banhos seguidos (o momento que eu mais tenho looping de pensamento! rs) eu encontraria um desfecho diferente pra esse ano. Falar sobre sonhar foi o mais perto que cheguei de amarrar um ciclo e me preparar para o próximo. Foi como um reencontro. Esse é o meu eterno e inesgotável motor: poder sonhar. Me permitir ser sonhadora. Se os seus sonhos afloraram em 2020 ou se eles foram a energia vital que você precisava para seguir em frente, sinta meu abraço. Estamos sentindo exatamente a mesma coisa agora!

Seguimos corajosos e destemidos. Porque diferente do que pode parecer a priori, sonhar é para os fortes! A gente sabe o que isso significa e ainda assim, não abrimos mão.
Clichê, nem sei mais. Para nós, o único caminho.

Com todo meu amor,
Amanda.

Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

* CUPOM DE LEITORA: AMBLOG

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Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!