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minha vida daria um produto

por | maio 5, 2021

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Taí o nome que escolhi pra celebrar meus 10 anos de criadora de coisas. Se você está aqui, certamente já me conhece um pouco, por acompanhar meu trabalho há pouco tempo (ou anos!) ou por ouvir o podcast – então você já sabe que eu tenho questões com o tempo! Sou um pouco amedrontada de vê-lo passar tão rápido…Tias dirão que é porque não sosseguei nesses 10 últimos anos, pais concordarão. Analistas dirão que tempo é relativo e tenho tooooda uma vida pela frente para fazer e ser o que eu quiser. Budistas dirão que o segredo está em observar a respiração e viver este exato momento, o agora. Unicórnios dirão que todos vocês tem razão. rs

Estou aqui, aos 30, me reconectando com todas que fui aos 20, e foram muitas, muitas MESMO! Por isso precisei de 10 anos pra me dar conta de tudo que eu fiz insistentemente até aqui e que lá trás parecia uma certa obsessão, foi pensar em um novo produto. Desde quando me formei em moda, aos 20, até aqui.

E é por essa e muitas outras, que criei coragem pra escrever o roteiro do meu novo curso: minha vida daria um produto. Fui minha própria tester por 10 anos, continuo sendo todo santo dia e agora me sinto finalmente preparada pra dividir esse assunto com outras pessoas. Mas antes quero contar como essa ideia nasceu….e começo com um pequeno manifesto. Não, eu não sou a ilustradora perfeita que inspira todo mundo. Não, eu não sou musa/diva/fada sensata. Não, eu não sou serena ou zen todos os dias. Não, eu não sou uma super empreendedora que onde toca vira ouro, quem me dera. Eu não sou uma fórmula, um método, uma bula, esquece. Minha voz é serena, por dentro sou vulcão. E sim, estamos todos exaustos de conteúdos vazios. Somos muuuito mais que uma rede social, não somos nosso instagram, quem vê feed não vê corre.

Lancei minha primeira oficina de ilustração em 2015 quando cursos online não eram a febre que é hoje, tive centenas de alunos em poucos meses e vivi a fase mais próspera do meu trabalho. Eu banquei a produção, a plataforma, não tive um intermediador sequer e isso chamou bastante atenção do mercado nessa área que eu atuava (ou atuo, nem sei, nem eu mesma consigo me categorizar), em poucos meses eu não estava mais sozinha mas durante um semestre vivi algo inédito na minha carreira. Sempre acreditei que compartilhar o que sabemos e aprendemos é algo transformador, pra quem faz e pra quem recebe. Mas de dois anos pra cá, travei. Travei mesmo sabia? E acho que nunca confessei isso em canto nenhum com medo de ser mal interpretada, de ser lida do jeito errado, uma tendência bem típica da internet atual. Travei porque vivi decepções difíceis no meu trabalho, cópias muito frequentes, situações tão pecualiares que me faziam desanimar de insistir na internet. E é meio chato dizer isso aqui já que é exatamente a internet que nos conecta e que nos coloca próximas nesse momento momento né? E acho que por ter consciência desse outro lado tão incrível, que eu não fugi.

Cogitei não estar mais presente numa rede social por muitos momentos. Fui considerada uma “inspiração” o que fez pessoas buscarem em mim a receita de algo que eu mesma nem tinha encontrado. A todo momento eu estava experimentando e sigo experimentando até hoje. E posso dizer, acabei pegando até ranço dessa palavra, porque, inspiração não desrespeita, não desconsidera, não passa por cima. É algo diferente. Ver cópias de produtos, de ilustrações e até dos textos do meu site foi algo que mexeu comigo…acho que isso tudo foi bloqueando a minha decisão de compartilhar o que aprendi e fui me fechando como nunca antes. O fato é que a gente amadurece em muitos aspectos, e eu tive que olhar pra isso profundamente, vocês não fazem ideia. Na análise, nas terapias alternativas que busco, nos meus escritos, nas minhas leituras, nas conversas aqui em casa com meus pais e o Thales…e fui elaborando muita coisa importante em mim. E eu acho tão bonito esse processo, que desejo sinceramente que esse relato acolha outras pessoas que já se desmotivaram por algo parecido.

Por isso eu AMO falar sobre autoconhecimento, eu preciso falar sobre ele pra sobreviver. Sempre amei o mergulho interno, porque quando a gente dá aquele salto ainda no desconhecido, e se estuda pacientemente, a gente volta à margem como uma alavanca. Eu sinto que é como se uma peça desencaixada encontrasse seu lugar. Há algum tempo me dei conta que não era justo comigo e nem com quem admira verdadeiramente o meu trabalho que eu me desmotivasse assim, não seria eu, eu não estava feliz. Então senti que era a hora novamente, estreei meu diário, o produto que lancei no site recentemente, escrevendo o roteiro do meu curso ainda sem nome naquela ocasião. Em algumas linhas de catarse de ideias escrevi no papel “Minha vida daria um produto”. Era isso. Me dei conta que esse curso nada mais é que o meu manifesto de criar, o ar que eu respiro e que me curou. O compartilhar sempre me curou, sempre me ensinou mais que tudo. Nada me trouxe mais satisfação pessoal no meu trampo do que ver os alunos das minhas oficinas perdendo o medo de desenhar por não se julgar tanto, e eu sei o quanto essa sensação é gostosa porque eu também aprendi a me permitir…e acredito fortemente que todo mundo tem condições de criar algo do seu jeito.

Esse curso é antes de tudo o meu marco de 10 anos de resistência, enxergando valor no meu entorno na cidade onde eu nasci em Varginha no sul de Minas, experimentando fornecedores locais, criando com inúmeras limitações, abrindo uma loja no meu bairro de subúrbio e comprovando que é na nossa história que estão nossas principais referências. E agora quero ajudar outras pessoas a perceberem que a sua vida daria um produto também, uma ideia autêntica, sem precisar copiar ninguém. Se você busca esse conteúdo e deseja saber mais sobre o curso visite aqui: amandamol.com.br/minhavidadariaumproduto. Obrigada por me ler até aqui, por respeitar e acolher minhas palavras, é muito bom caminhar perto de vocês!

Com amor, Amanda.

 


FICA QUE VAI TER BOLO
Aqui vai uma coletânea vintage, de algumas fases que já vivi.

Foi assim que comecei, criando acessórios com materiais naturais e reciclados, essa é uma das minhas minha paixões:

Em 2012 comecei a testar minhas ilustrações em acessórios!!! Amo essa fase… <3

Socorro, olha essa baby:

Quando experimentei produzir minhas primeiras camisetas, já com parceiros de Varginha!
(essas ilustras também foram as primeiras a serem “clonadas” por aí, eu ainda nem sonhava que isso poderia acontecer…)

Sempre fui minha modelo, a faz tudo mesmo. Desde o início me vi como minha principal cliente!

e as tattoos temporárias!!! Quem lembra? Tem cliente raiz por aqui? haha <3

O atelier, em seus primeiros meses de vida…como amo me lembrar disso!

Quando comecei a vender pôster em lona, o meu tipo de “fine art” do interiorrr. Eu já estava empenhada em descobrir como poderia trabalhar só com parceiros locais! Uma coisa é certa, sempre amei mudar o belinho. kkkkk

 

Eu e o Thales ensaiando nossa sociedade do que hoje é o Estúdio AM. Essa foto foi pra um post contando que teríamos uma empresa online juntos, muitas tretas e aprendizados depois disso…meeeeu deus. Dois xóvens.

Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

* CUPOM DE LEITORA: AMBLOG

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Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

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