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O que eu precisava ler

por | ago 26, 2021

“”

Cultivo uma superstição íntima que agora eu vou compartilhar: imagino que a página de um livro é sempre aberta no dia exato que se encaixa, basicamente chego naquela página quando aquelas palavras precisam ser lidas. Pode ser numa terça-feira despretensiosa que eu esteja lendo por puro ritual do soninho, ainda assim recebo uma mensagem como um aviãozinho de papel jogado por alguém, de algum lugar.
Comecei a ler o Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, e uso essa mesma lógica supersticiosa de como os livros esbarram em mim. Fui dar uma volta no shopping da minha cidade e logo na entrada a livraria havia montado bancas com edições promocionais e antigas, eram milhares. (tem coisa mais deliciosa do que flanar por livros sem divisão de categoria, fitar capas, ler prefácio, e até esquecer que estamos num shopping?) E aí que pensei “bem que eu poderia encontrar uma edição do Livro de Desassossego, sei que é um clássico e provavelmente terá preço bom” e em 40 segundos eis que vejo 1 unidade encaixadinha entre centenas de capas coloridas e disse sem medo algum: achei, estava me esperando. Paguei 19 felizes reais e então comecei o meu deleite, naquela mesma noite.
Era a aleatoriedade da vida trabalhando em forma de coincidência ou existe realmente um time de criaturas imaginárias que fazem livros aparecerem e abrem as páginas no dia certo? (risos)
Esse é o tipo de coisa que minha cabeça gosta de imaginar.
Comecei a leitura naquela mesma noite, as letras são miúdas e a página tema gramatura que eu gosto, sei lá porque me senti como num mergulho no mar quentinho da Bahia. Li coisas nunca antes lidas pela minha alma, e não tenho dúvidas alguma de que o livro chegou na hora certa e que será daqueles que vou saborear vagarosamente e estará sempre ao alcance das minhas mãos. A página 39 me disse “Sou do tamanho do que vejo”, e acho que já li essa frase em campos digitais ou alterada assinada por outrem (sempre quis empregar essa palavra rs) e quando eu li ali originalíssima nas palavras do Fernando Pessoa sentir ser tudo que eu precisava ler naquele exato momento do tempo. Por isso eu trouxe esse texto para dividir aqui com você, espero que goste

Te convido a ouvir desde o início até o trecho que li, clicando no play:

Pra provar que realmente desejei fazer isso um dia tenho a foto do que escrevi na página! <3

Com todo meu amor, Amanda.

Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

* CUPOM DE LEITORA: AMBLOG

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Amanda Mol

Artista visual e designer de produtos do cotidiano com estampas autorais! Nasci e moro no interior de MG onde fundei a Brava Galeria (@bravagaleria)! Amo compartilhar meus processos criativos no @molamanda e escrever sobre esse tema na minha newsletter quinzenal. Arte pra mim é fôlego e uma forma viciante de transformar nosso caos em poesia!

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